"O problema com a maioria das formas de transporte é que basicamente não valiam a pena. Na Terra - quando havia uma Terra, antes de ela ter sido demolida para dar lugar a uma via expressa hiperespacial - o problema eram os carros. As desvantagens envolvidas em arrancar toneladas de gosma preta e viscosa do subsolo, onde tal gosma tinha ficado escondida em segurança e longe de todo mal, tranformá-la em piche para cobrir o chão, fumaça para infestar o ar e espalhar pelo resto do mar, tudo isso parecia anular as aparentes vantagens de se poder viajar mais rápido de um lugar para outro. Especialmente quando o lugar a que se chegava tinha ficado, por conta dessa coisa toda, muito parecido com o lugar que se tinha saído, ou seja, coberto de piche, cheio de fumaça e com poucos peixes.
E os raios de transferência de matéria então! Qualquer meio de transporte que envolva destroçar seu corpo em pedaços, átomo por átomo, lançar esses átomos pelo subéter e depois reconstruí-los logo quando estavam sentindo o primeiro gosto de liberdade em muitos anos, com certeza não seria algo muito bom."
E os raios de transferência de matéria então! Qualquer meio de transporte que envolva destroçar seu corpo em pedaços, átomo por átomo, lançar esses átomos pelo subéter e depois reconstruí-los logo quando estavam sentindo o primeiro gosto de liberdade em muitos anos, com certeza não seria algo muito bom."
Trecho de O Restaurante no Fim do Universo de Douglas Adams
*Sugestão: leia antes Guia do Mochileiro das Galáxias do mesmo autor.
por Ju Fayet
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